No período medieval quando a devoção produzia Santos para a veneração existiam severas leis contrárias a representação de Cristo e da Virgem por pessoas vivas. A necessidade de encenar os "Mistérios" religiosos para a compreensão popular criou imagens que chamadas de MARION (Maria, a Virgem) deram origem ao termo Marionete.
Mas o teatro de bonecos também possui origens no espetáculo popular profano, isto é, nas narrativas de aventuras épicas, nas lendas, nos contos de fadas, nas encenações folclóricas, nos proverbios populares e nas representações de luta entre o bem e o mal; origens que se confundem com o espírito de todas as classes sociais.
Universalmente o personagem central das encenações com bonecos era o "homem médio": mundano; materialista; bravo e covarde; tagarela, fisicamente capaz; esperto e ingênuo, cheio de esperança e desconsolo; que tem confiança e merece a confiança dos outros; que rejeita e é rejeitado...N a verdade fornecia um retrato da vida de "todo mundo" (hoje em dia, o tipo permanece, embora o arquétipo original possa ter sido descaracterizado, alterado).
Deliberadamente, as figuras dos bonecos foram feitas em concordância com o que imaginaram ser os desejos e vontades das crianças, jovens e adultos, enfim do público, e como consequência, houve uma forte identificação.
Na Itália o boneco mais conhecido foi o MACEUS, que antecedeu o também famoso POLICHINELO juntamente com o ARLEQUIM; na Índia havia o VIDOUCHAKA; na Turquia o KARAGOZ; na Alemanha o KASPER; na Rússia o PETRUSKA; em Java o WAYANG; na Espanha o CRISTOVAN; na Inglaterra o PUNCH e na França o GUINHOL.